quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mea Culpa




















MEA-CULPA

Quis dar contigo o derradeiro vôo,
perder-me no infinito dos teus braços
- ainda que efêmero esse vôo fosse,
e minhas asas em tua luz queimasse.

Contigo, quis viver meu “grand finale”
(nesta peça maluca que é a vida),
que inesquecível fosse, e em grande estilo,
do palco das paixões, a despedida.

Ah, como eu quis viver esse momento
de sonho, de prazer, de encantamento,
para guardá-lo na recordação!...

Mas, em mea-culpa, agora reconheço,
te superestimei, e pago o preço:
- não tinhas asas, luz nem coração...

(Eloah Borda)


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