quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Elegia Gitana




















ELEGIA GITANA

No rodopio, pés beijando a terra,
eu me desnudo de toda razão;
meu peito é o campo, onde o viver se encerra...
E a flor é o fruto de minha emoção.

Eu danço a vida, danço a paz e a guerra,
danço os acordes de intensa paixão.
Danço a saudade, que meu ser desterra
ao mundo escuro da desilusão.

Sons de violino, noite constelada,
a lua tece em prata tênue estrada...
Uma fogueira... E o amor me incendeia.

E do infinito, crio a nossa tenda,
o eterno êxtase a nós se desvenda...
Em nossos corpos o prazer campeia!

- Patrícia Neme -


(Todos os direitos reservados à autora)

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