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MEA-CULPA
Quis dar contigo o derradeiro vôo,
perder-me no infinito dos teus braços
- ainda que efêmero esse vôo fosse,
e minhas asas em tua luz queimasse.
Contigo, quis viver meu “grand finale”
(nesta peça maluca que é a vida),
que inesquecível fosse, e em grande estilo,
do palco das paixões, a despedida.
Ah, como eu quis viver esse momento
de sonho, de prazer, de encantamento,
para guardá-lo na recordação!...
Mas, em mea-culpa, agora reconheço,
te superestimei, e pago o preço:
- não tinhas asas, luz nem coração...
(Eloah Borda)
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Um comentário:
Comentar, o que?rsrss
Ah essa fogo, que queima sem arder...
Beijo, amiga.
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